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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Alzheimer canino

A síndrome da disfunção cognitiva (SDC) e a Doença de Alzheimer (DA) são enfermidades multifatoriais, cuja, morte neuronal é uma consequência de eventos celulares neuropatológicos interligados, ainda não totalmente esclarecidos (BENNET, 2012; MADARI et al., 2015).


Pitucha. 16 anos.
FONTE DO AUTOR 

A SDC em cães acomete animais idosos, com aproximadamente 15 anos e tem como sintomas perda da audição, visão e memoria.  De acordo com estudos um em cada dois cães idosos vai ter o Alzheimer.

Um comportamento muito comum em cães que começam a apresentar a síndrome é desorientamento, pode não reconhecer o dono, dificuldade em distinguir saída da casa ou prever a hora da alimentação, agressividade ou medo quando são abordados pelos donos, falta de entusiasmo ao receber o proprietário, redução de tempo de brincadeiras e pedidos de atenção, distúrbios do ciclo do sono/vigília, isto é, o animal vai se manter acordado a noite e muitas vezes vocalizando. Perda dos comportamentos aprendidos também acontecer, exemplo urinar e defecar dentro de casa.

Arranhar o chão repetidamente, vocalizar para objetos inanimados, diminuição ou ausência de resposta a comandos aprendidos e perda auditiva e da acuidade (nível de nitidez) visual também podem estar relacionados (HECKLER et al., 2011 et al., 2015).

O diagnostico é feito através dos sinais clínicos, não existindo exames laboratoriais especifico para a condição. Mas temos que ter em mente que há outras doenças com sintomas parecidos que são as neoplasias cerebrais e a Meningoencefalite Granulomatosa (MEG), podendo haver uma confusão entre elas. Para o diagnostico de neoplasias cerebrais e da MEG usamos ressonância magnética e tomografias, fazendo assim o diagnostico diferencial entre elas.

Não há cura e o tratamento tem como objetivo melhorar a qualidade de vida do animal. As formas de abordagens são:
11-  Intervenção farmacológica: Quando o paciente apresenta uma ou mais habilidade cognitivas afetas. Usamos a selegina (0,5 a 1mg/kg de 24 em 24 horas). Pode-se usar vasodilatadores, mas temos que ter certeza que não é neoplasia, pois pode acarretar piora no quadro e estimular o crescimento do mesmo. O mais utilizado é a propentofilina (3 mg/kg de 12 em 12 horas).
22- Terapia nutricional: É eficaz para retardar a progressão da doença. Alimentos ricos em antioxidantes, como a vitamina C, E, do complexo B, a L-carnitina e o ômega 3 (GALAN et al., 2014).
33- Enriquecimento ambiental: Segundo Landsberg (2005) exercícios e brinquedos colaboram na manutenção da função cognitiva. É claro que temos que associar essa abordagem com alguma outra citada a cima.

O principal objetivo da veterinária nesses casos é identificar as mudanças comportamentais e intervir o mais cedo possível para atrasar a evolução da doença.

TODO DIAGNOSTICO E MEDICAMENTO SÓ PODEM SER REALIZADO E RECEITADO POR MÉDICOS VETERINÁRIOS.