A síndrome da disfunção cognitiva (SDC) e a Doença de Alzheimer
(DA) são enfermidades multifatoriais, cuja, morte neuronal é uma consequência de
eventos celulares neuropatológicos interligados, ainda não totalmente esclarecidos
(BENNET, 2012; MADARI et al., 2015).
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| Pitucha. 16 anos. FONTE DO AUTOR |
A SDC em cães acomete animais idosos, com aproximadamente 15 anos e tem como sintomas perda da audição, visão e memoria. De acordo com estudos um em cada dois cães idosos vai ter o Alzheimer.
Um comportamento muito comum em cães que começam a apresentar
a síndrome é desorientamento, pode não reconhecer o dono, dificuldade em
distinguir saída da casa ou prever a hora da alimentação, agressividade ou medo
quando são abordados pelos donos, falta de entusiasmo ao receber o
proprietário, redução de tempo de brincadeiras e pedidos de atenção, distúrbios
do ciclo do sono/vigília, isto é, o animal vai se manter acordado a noite e
muitas vezes vocalizando. Perda dos comportamentos aprendidos também acontecer,
exemplo urinar e defecar dentro de casa.
Arranhar o chão repetidamente, vocalizar para objetos
inanimados, diminuição ou ausência de resposta a comandos aprendidos e perda
auditiva e da acuidade (nível de nitidez) visual também podem estar
relacionados (HECKLER et al., 2011 et al., 2015).
O diagnostico é feito através dos sinais clínicos, não existindo
exames laboratoriais especifico para a condição. Mas temos que ter em mente que
há outras doenças com sintomas parecidos que são as neoplasias cerebrais e a
Meningoencefalite Granulomatosa (MEG), podendo haver uma confusão entre elas.
Para o diagnostico de neoplasias cerebrais e da MEG usamos ressonância magnética
e tomografias, fazendo assim o diagnostico diferencial entre elas.
Não há cura e o tratamento tem como objetivo melhorar a
qualidade de vida do animal. As formas de abordagens são:
11- Intervenção farmacológica: Quando o paciente
apresenta uma ou mais habilidade cognitivas afetas. Usamos a selegina (0,5 a
1mg/kg de 24 em 24 horas). Pode-se usar vasodilatadores, mas temos que ter
certeza que não é neoplasia, pois pode acarretar piora no quadro e estimular o
crescimento do mesmo. O mais utilizado é a propentofilina (3 mg/kg de 12 em 12
horas).
22- Terapia nutricional: É eficaz para retardar a progressão
da doença. Alimentos ricos em antioxidantes, como a vitamina C, E, do complexo
B, a L-carnitina e o ômega 3 (GALAN et al., 2014).
33- Enriquecimento ambiental: Segundo Landsberg
(2005) exercícios e brinquedos colaboram na manutenção da função cognitiva. É
claro que temos que associar essa abordagem com alguma outra citada a cima.
O principal objetivo da veterinária nesses casos é
identificar as mudanças comportamentais e intervir o mais cedo possível para
atrasar a evolução da doença.
TODO DIAGNOSTICO E MEDICAMENTO SÓ PODEM SER REALIZADO E
RECEITADO POR MÉDICOS VETERINÁRIOS.
